segunda-feira, abril 27, 2009

Jogar ou Não Jogar ... Eis a questão.

Há uns anos atrás, lembro-me de haver uma valente polémica, acerca do uso dos jogadores emprestados, quando estes jogavam contra os clubes que lhes pagavam o ordenado.

Na altura o FC Porto colocava uma cláusula no contrato de empréstimo, ou era apenas um acordo de cavalheiros, que proibia a utilização dos seus jogadores, quando o jogo era contra si.

Há semelhança daquilo que acontece hoje em dia, o FC Porto era a equipa que ganhava os campeonatos e rápidamente se levantaram vozes discordantes deste acordo, alegando essas vozes que o FC Porto ganhava porque privava os adversários de jogar com os melhores jogadores, ou seja, os seus jogadores.

Rápidamente quiseram acabar com esse acordo e arranjaram maneira de fazer com que os jogadores emprestados jogassem sempre, quer fosse contra a equipa que lhes paga o ordenado ou não.

A esta medida todos bateram palmas, na esperança vã de que assim iriam conseguir ganhar alguma coisa.

Agora, sempre que um jogador emprestado, falha um golo, um penalty, é substituido, ou simplesmente porque se "peida", levantam-se as mesmas vozes, a dizer que foi porque a isso foi obrigado. Obrigado por quem? Pela equipa que lhe paga o ordenado.

Mas afinal de contas, eles devem jogar ou não?

Há uma coisa que ninguém consegue mudar. O facto dos jogadores do FC Porto, estejam eles a jogar no clube ou numa qualquer equipa da Liga Sagres ou Vitalis, são sempre bons jogadores e fazem sempre falta às equipas pelo qual estão a jogar.
Também ninguém consegue mudar o facto da gestão do clube ser bem feita e um jogador poder não servir hoje mas servir amanhã, ou vice-versa, e por isso mais vale mantê-lo como activo do clube e colocá-lo a rodar "por aí" do que vende-lo completamente, ou então, ele valorizar num outro clube e vendê-lo por mais valor do que ele valia.

Está na altura de acabar com mais um mito do futebol. Jogar ou não jogar, eis a questão.

Como emprestar ou não emprestar é uma questão que nem se pode levantar, está na altura de de uma vez por todos decidirem se os emprestados devem ou não jogar. O que não pode continuar a acontecer é utilizarem o argumento de maneira diferente para esconder as fracas prestações dos vossos clubes.

Fica aqui mais uma proposta para a melhoria do futebol português.

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