quinta-feira, abril 16, 2009

FC Porto - Manchester United, 0-1

Com muita dignidade e com uma exibição, no geral, bem conseguida. Foi desta forma que acabou a prestação do FC Porto na Liga dos Campeões.

Não se pode dizer que a equipa não tentou, antes pelo contrário.

A estratégia montada pelo Jesualdo Ferreira assentava num jogo a dar a posse de bola ao adversário e depois tentar, nas transições rápidas e no contra-ataque, chegar com perigo à baliza do Manchester.

Um remate, apenas um, foi o necessário para deitar por terra tudo aquilo que estava preparado. Um remate que acontece uma vez num milhão, mas que tinha logo de acontecer no dia 15 de Abril de 2009.

Depois, bem depois foi o desenrolar natural das coisas. O FC Porto tentou com todas as forças que tinha virar o resultado, sabendo que um golo apenas virava a eliminatória, mas esse golo não aconteceu, e foram ainda algumas as oportunidades que teve durante o resto do tempo.

O campeão nacional procurou a sorte, mas esta não quis sorrir. É assim o futebol.

Fomos eliminados. Saimos de cabeça erguida por tudo o que foi conseguido. Saimos com os jogadores mais valorizados. Saimos com a certeza de que dignificámos o futebol português e o clube.

Foi assim o andamento do marcador.
6' - Golo do Manchester United
Cristiano Ronaldo desfere um remate indefensável de muito longe mas com muita força.

Tinha dito que qualquer que fosse o resultado deste encontro nada me faria deixar de ter orgulho nesta equipa, e hoje, passadas já umas horas do fim do encontro, posso afirmar, com toda a certeza que tenho um enorme orgulho nesta equipa e no facto de ser portista.

Foi, de todas as eliminatórias destes quartos de final, aquela que no conjunto das duas mãos, ficou com um resultado agregado mais tangencial (3-2), por isso e como dizia um amigo meu ontem, o FC Porto pode-se considerar a quinta melhor equipa europeia. Respondi que isso sabe um pouco a vitória moral e que nós portistas não gostamos delas, mas que ele não deixa de ter razão.

Não quero estar a especificar prestações de jogadores, apenas quero deixar escrita a ideia que tinha manifestado na altura do primeiro confronto estre as duas equipas. O Hulk acusou um pouco a pressão de tudo aquilo que tinha sido dito dele e não conseguiu ser o jogador que esperavamos que fosse. Nota-se ainda que este jogador tem muito para crescer e de todos foi aquele mais acusou o jogo dos quartos de final. Na minha opinião não devia ter saído o Rodriguez.

Tal como já tinha dito, este jogo não era o cumprir de um objectivo da época, esse já tinha sido cumprido na altura da passagem aos oitavos de final e por isso o sentimento de dever cumprido deve manter-se.

Mau mesmo nesta eliminatória foi a lesão do Lucho. Espero que ela não condicione a participação do "El comandante" no resto dos jogos que faltam disputar. Lucho sofreu uma entorce no joelho esquero e aguarda-se uma avaliação para verificar o estado do jogador.

Está na altura de virar as baterias para aquilo que são os objectivos que faltam cumprir, ou seja, a vitória no campeonato nacional e na taça de Portugal.

Força FC Porto.

"Ficámos com uma sensação extremamente desagradável e com um grande sabor a injustiça, face ao que fizemos nos dois jogos. Entramos em campo com os mesmos jogadores e com a mesma abordagem de seriedade e empenho do primeiro jogo e devemos ter orgulho pela nossa prestação nos dois jogos. Jogadores, dirigentes e adeptos, todos se podem sentir orgulhosos perante o trabalho desta equipa." (José Gomes)

P.S. Ainda não me tinha manifestado sobre o castigo aplicado a Jesualdo Ferreira por ter feito um manguito no decorrer do jogo contra o Atlético e na sequência de um golo anulado ao FC Porto. Não querendo alimentar a teoria da conspiração, tenho a nitida sensação de que se o caso acontecesse com outro treinador, dum outro campeonato, o castigo não tinha acontecido. E para isso basta ver imagens, de alguns manguitos que já aconteceram por essa europa fora, sem que algum castigo tivesse sido aplicado. São as contingências de sermos "pequenos" nesta europa de "grandes". Ah! e também pelo facto do Platini morrer de amores por nós.

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