quinta-feira, novembro 19, 2009

Bósnia - Portugal, 0-1

«As maratonas só acabam no fim. Acreditámos até ao fim e quero dar os meus parabéns aos jogadores. Gostava de agradecer o apoio de quem confiou em nós. Já ganhámos esta equipa há muito tempo. Só quem não quer ver é que pode dizer o contrário. Há raça, entrega e boa atitude de todos.»

(Carlos Queiroz in MaisFutebol)

Mesmo sem jogar de forma brilhante, o campo também não estava propicio a isso, e mesmo falhando algumas excelentes oportunidades para marcar, Portugal conseguiu o tão desejado apuramento para o Mundial. Foi com um golo de Raúl Meireles, o melhor em campo, que Portugal selou o apuramento.

Agora, já com o apuramento na mão, todos se vão congratular e dizer bem de Queiroz, todos vão dizer que o professor conseguiu tirar a equipa do buraco onde estava e que foi por acreditar na equipa que se conseguiu o apuramento. É assim a vida dum profissional do desporto, num momento o melhor do mundo, no outro o pior.

Aproveito as palavras de Queiroz para dizer que "a maratona só acaba no fim" e que o fim não é agora. O apuramento para a competição não nos dá prémio nenhum, aliás é apenas o cumprir da obrigação. Neste momento apenas conseguimos chegar ao fim da subida no grupo da frente, falta agora a recta final.

Tenho algum receio deste estado de euforia em que nos colocámos agora e do discurso a que isso nos leva. Conseguir ser campeão do mundo é mais do que falar disso. Estamos a elevar demasiado a fasquia e a nossa selecção ainda não tem capacidade para fazer esse salto.
Seria melhor fazer umas tentativas mais baixas e ver o que conseguimos e depois progressivamente irmos subindo a fasquia. Mas esse não é e nunca foi o nosso forte.