«3- Discordando embora da parte da decisão em que não fui absolvido, nomeadamente por entender que não pratiquei qualquer injúria ou ofensa apesar da indelicadeza das palavras, que mais uma vez lamento, inclinava-me a não recorrer para dar por findo este assunto, nomeadamente tendo em vista os superiores interesses da Selecção e a necessária concentração para os desafios que se avizinham.(Carlos Queiroz in MaisFutebol)
4- Sucede, contudo, que os acontecimentos de ontem mostram bem que, recorra eu ou não, este caso se continuará a arrastar, e não por minha vontade, pelo que se não justifica prescindir do meu direito ao recurso em nome de interesses cuja eventual perturbação não depende da minha decisão.»
Duas coisas que me continuam a fazer confusão acerca deste caso.
A primeira é o motivo porque a FPF não despede o selecionador de vez, pagando aquilo que ele tem direito e acaba com o assunto. Será que é assim tão dificil despedir um homem? Se o problema é apenas dinheiro questiono se não será mais caro manter, aos comandos da selecção, um homem que nitidamente não consegue fazer o serviço e, mais grave ainda, os jogadores não têm qualquer respeito.
A segunda é o motivo que leva ao carlos Queiroz, sabendo que não é desejado na selecção, nem pelos jogadores nem pela própria FPF, manter a teimosia de não se dimitir. Ficando no cargo arrisca-se a sair depois pela porta pequena, sendo para sempre classificado como o homem que afundou a selecção num Mundial e num Europeu.
Falar em defender os "superiores interesses da selecção" e manter-se no cargo é apenas dizer que "estou a defender os principais interesses do meu bolso e vocês que se lixem".
Teimosia tem limites, e a nossa selecção não pode sofrer apenas pelos caprichos de uns e outros. Haja alguém com "colhões" para dar o murro na mesa.
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