sexta-feira, fevereiro 17, 2012

FC Porto - Man. City, 1-2

A crueldade estampada na face de uma fortuna. Milionário abusador, injusto, sem ponta de misericórdia. Dono e senhor do seu planeta imaginário, o ManCity rumou a sul e deu um toque iconoclasta à realidade do F.C. Porto. Chegou a este pedaço de Europa a empunhar um maço interminável de notas e ar de frete. Vinha determinado a decalcar o ultimato inglês e a viagem não foi inútil, não senhor. O desdenho com que olhou o detentor da Liga Europa surtiu o efeito planeado por Roberto Mancini. (in MaisFutebol)
Quando será que esta equipa consegue fazer duas partes iguais? Quando o FC Porto joga não é de um jogo que se trata, mas de duas partes, completamente distintas, e que por isso merecem duas formas de serem abordadas. Foi assim no fim de semana, frente ao Leiria, foi assim ontem, frente ao City.
 
Quem viu apenas a primeira parte, e num cenário completamente surrealista não via um jogo do FC Porto desde a época passada, pensava que a equipa que deslumbrava o ano passado não tinha mudado nada.
Com uma pressão muito alta, um controlo completo do meio campo, o FC Porto dominou o City e chegava ao intervalo em vantagem. Uma vantagem completamente merecedora, que até podia ser maior se a grande penalidade sobre Hulk tivesse sido marcada.
 
Depois veio o intervalo. OMG mas porque é que os jogos têm de ter intervalo?
 
O City vem mais afoito para a segunda parte. O FC Porto menos pressionante. Dois minutos. Apenas dois minutos são necessários para cavar um fosso de onde não mais se saiu. Alvaro comete falta e leva cartão amarelo (de fora no próximo encontro) e depois mete a bola no fundo da baliza de Helton num lance com Bolatelli.
A partir de aqui o FC Porto nunca mais foi a equipa que tinha sido e, quem viu os jogos deste FC Porto durante esta época, percebe que tem de ter saudade da equipa que viu na primeira parte.
Até o segundo golo do City tem origem numa bola perdida no meio campo de uma forma completamente estúpida.
 
A eliminatória está perdida. Ainda não. Mas se já era dificil agora está ainda mais dificil.
 
«Para se jogar contra o Man. City é preciso pressionar como fizemos na primeira parte e circular a bola com qualidade. Mas contra uma equipa muito técnica e muito física temos de jogar quase na perfeição. Na primeira parte conseguimos anular o jogo deles, conseguimos um golo e podíamos ter feito o segundo. O City entra melhor na segunda parte à procura do melhor resultado, nós não conseguimos sair a jogar nesse período e o City acaba por chegar ao golo do empate daquela forma. Quando cometemos erros, este tipo de equipas aproveitam. Com 1-1 eles voltaram a baixar linhas e tiveram o jogo como eles gostam: linhas baixas e dificuldades para nós entrarmos nas linhas deles. Em transição ofensiva acabamos por sofrer, numa perda de bola. Muito do que não fizemos na segunda parte é mérito do adversário.» (Vitor Pereira in MaisFutebol)
 
 

Sem comentários: