quarta-feira, julho 28, 2010

Época de saldos

«Posso afirmar que a parte portuguesa tem vindo ao nosso encontro, mas, não obstante, o preço de Alves continua a ser demasiado alto. Resumindo, o diálogo entre os clubes continua, mas é precipitado afirmar que a aquisição de Alves é um facto consumado.»
(in MaisFutebol)

É desta forma que os responsáveis do Zenit definem, neste momento, o negócio Bruno Alves.

O jogador tinha no inicio das negociações uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, valor que o Zenit considerou demasiado alto. Numa outra altura era motivo mais do suficiente para que o FC Porto abortasse o negócio, ficando o Zenit a falar sozinho. No passado, e num passado recente, isso já aconteceu.

Esta não é uma altura qualquer e por isso o FC Porto, segundo consta, já baixou o valor para 23 milhões de euros, valor que mesmo assim é superior aos 18 milhões que o Zenit deseja pagar pelo central português.

Sabendo que o jogador deseja sair, já o manifestando mais do que uma vez, não sei se o manter na equipa seja tão produtivo como já conteceu no passado. Mas aceitar negociar nas condições que o comprador quer não é nem de longe o método a que a direcção do FC Porto nos habituou.

A acontecer uma, ou mais, vendas em saldo, o FC Porto deixa de ser a equipa que vende ao preço que quer e quando quer. A entrada de dinheiro tem de acontecer e na impossibilidade de se vender ao preço desejado baixar é uma opção, mas baixar ao preço dos saldos é uma opção que não é válida.

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