17º mergulho - Zimbral

Domingo, 12 de Agosto.

O dia amanheceu calmo e a prometer um bom mergulho. A lua estava quase nova o que significava uma maré grande, e aquela hora, vazia. Não havia muito vento e o que corria era de noroeste. A ondulação estava normal, que é o mesmo que dizer que existia mas que não era nada de mais, de vez em quando lá aparecia uma vaga maior do que as outras mas não passava disso mesmo.

Voltámos ao local da semana passada, precisamente no mesmo local. Bem precisamente nunca é, mas é muito aproximado. Estava com uma esperança de ver outra vez o pargo sêmea, mas isso não aconteceu.

A descida aconteceu com normalidade, e mais uma vez via-se bem, conseguia-se destinguir tudo a uma distância de 4/5 metros.

O mergulho decorreu todo com muita calma, sem pressa, sem se procurar nada em especial, mas com atenção a todos os pequenos pormenores.

Vimos salmonetes, o peixe pequeno que eu falei a semana passada foi também avistado. Vimos um peixe todo espalmado que se enterrava na areia e depois dava umas arrancadas muito rápidas. Debaixo de uma pedra a cereja em cima do bolo, uma série de sargos, todos de bom porte. Uma incursão mais profunda, que é o mesmo que dizer que enfiei a cabeça mais fundo no buraco e fiquei mesmo surpreendido com o tamanho dos bichos.

Ai a caixa estanque que tanta falta está a fazer.

No fim, foram 60 minutos a 14 metros de profundidade e mais uma vez a satisfação de um mergulho com histórias para contar.

Já há muito tempo que não mergulhava com o João e é mesmo um prazer mergulhar por quem tem gosto de ver apenas por ver.

Agora entro na parte de que estou 4 semanas sem mergulhar, por isso mergulhos só para Setembro.