Guimarães - FC Porto, 0-5

Foi com um resultado gordo que o FC Porto "calou" as "más linguas". Durante toda a semana e devido à próximidade de Sporting e Benfica em relação ao Guimarães e ao segundo lugar, que dá acesso à tão almejada liga dos campeões, muito se falou na possibilidade do FC Porto "dar" o jogo ao Guimarães, e dessa forma manteria os clubes de Lisboa mais longe do segundo lugar.

O FC Porto, na voz dos seus responsáveis, disse que estava acima dessa luta e que todos os adversários eram iguais. As "más linguas" não queriam acreditar ... e o resultado foi abafador.

Quem viu o jogo sabe que aconteceram duas partes distintas.

Na primeira parte o Guimarães jogou melhor, atacou mais, teve mais posse de bola, mas não criou verdadeiras oportunidades de golo, tirando um remate de livre onde o perigo até foi criado pela escorregadela do marcador do livre, levando a bola a tomar uma tranjectória que poderia ter sido enganadora para Helton. Todos os outros remates tiveram o mesmo destino, as mãos de "aço" do melhor guarda-redes da liga.

Ao intervalo, e face ao que o FC Porto produziu na primeira-parte, adicionando a equipa que apresentou, as más línguas tinham muito para falar. Mas o melhor estava para vir.

Com a segunda parte veio o que se esperava. O Guimarães não conseguia jogar como na primeira, não porque o FC Porto estava mais pressionante, estava até igual, mas porque é impossivel às equipas deste campeonato jogar 90 minutos a um ritmo tão intenso. É impossivel jogar sempre da mesma maneira contra uma equipa tão coesa e organizada.

O primeiro golo aconteceu de cabeça e de um jogador que até não costuma marcar. Na sequência de um livre, Bruno Alves antecipa-se a toda a defesa e desfaz a igualdade. Estava aberto o caminho para a vitória. Decorria neste momento o minuto 53.

Um pouco mais tarde, mais propriamente aos 59 minutos, a magia de Quaresma vem ao de cima e, tal como tantas fez o fez na época passada, marca de forma magistral, com um remate em arma desferido no "bico" da grande-área. O voo de Nilson foi curto para remate tão colocado.

A partir daqui foi "um passeio no parque". O Guimarães perdeu toda a força animica, baixou os braços e a classe do Tri-Campeão nacional veio ao de cima.

Aos 71 minutos novo golo de Quaresma, na sequência de uma recuperação de bola no meio-campo. Este tomou conta do ataque e rematou forte para o fundo das redes. Ricardo bisava no encontro.

Já com Farias e Adriano em campo, o ataque do FC Porto tinha cada vez mais protagonismo e aos 78 minutos o "tecla" marca o quarto golo da equipa e também o seu quarto golo no campeonato.

Aos 84 minutos é Adriano que marca. Depois de ter proporcionado um par de defesas a Nilson, Adriano lá consegue marcar o seu golinho e levar de vencida o pequeno duelo que travava com o guarda-redes vimaranense.

Estava feito o resultado final e estavam silênciadas as vozes que duvidaram da seriadade dum campeão, completamente à margem das lutas que se travam "por baixo" dele e que alimentam discussões.

Até nestas alturas se mostra o FC Porto mostra a sua verdadeira classe, sempre superior, grande demais para este campeonato.