terça-feira, junho 02, 2009

Como acabar com a concorrência?

"Luís Filipe Vieira está a equacionar antecipar o ato eleitoral previsto para o próximo mês de outubro e chamou ontem os presidentes da assembleia geral,Manuel Vilarinho, e conselho fiscal, Valter Marques, para tentar convencê-los a demitirem-se e consequentemente provocar eleições antecipadas com a queda dos órgãos sociais.
Na base desta possibilidade levantada pelo presidente encarnado está também o movimento de oposição "Benfica, vencer, vencer" que nos últimos tempos tem vindo a recolher fortes apoios de conceituadas figuras do universo benfiquista."

(in Record)

A melhor maneira de acabar com a concorrência é impedir que a mesma tenha tempo de organizar uma estratégia de oposição.

Provavelmente sabia-se desde a altura em que tomaram posse que as próximas eleições seriam para Outubro, se não fosse mais cedo pelo menos no meio desta época desportiva já se sabia disso. Também se sabe que a época tem sempre inicio na mesma altura, mais dia menos dia.

A melhor atitute a tomar, quando se tem capacidade organizativa, seria pensar na próxima época ainda antes desta acabar e dar espaço e tempo para ele, ou outro presidente, organizarem com tempo a época que se avizinha. O problema é que Vieira nunca colocou a hipótese de perder as eleições e como tal não ponderou a antecipação das eleições.

Agora que talvez tenha começado a ver o futuro à frente do Benfica mais nublado vai começar a fazer as coisas "pelo outro lado", arranjando artimanhas, não para melhorar a instituição, mas para garantir o seu lugar à frente dela, seja isso bom ou não.

Para ajudar à festa, o candidato que se prepara para entrar no acto eleitoral do Benfica, já começa a fazer uma boa gestão do clube.

"Carlos Azenha seria e é o treinador que escolhi para dirigir o futebol do Benfica no dia a seguir a ser eleito. Esta assinatura (pelo Vitória de Setúbal) é algo que estava previsto, pois existe uma cláusula que permite a Carlos Azenha vir para o Benfica. O Vitória de Setúbal sabe disso" (in Record)

O Benfica corre o risco de arrancar a época sem treinador, pois acho que ninguém no seu perfeito juízo vai assumir um cargo que está condenado à nascença. O último corajoso que aceitou tal desafio foi o José Mourinho e mesmo a ele, quando a altura chegou, lhe foram colocados os patins.

Por outro lado basta ao novo treinador, caso haja um novo, acordar uma boa indeminização em caso de imcumprimento do contrato para poder ir de férias "à pala" do Benfica.

Para mim quanto mais confusão se instalar nos clubes de Lisboa por consequência do acto eleitoral melhor. "Matem-se, esfolem-se mas não se aleijem."