Finalmente estou de férias. Durante a última semana e ainda o principio desta devido à preparação para este período de descanso foi-me impossível visitar os vossos blogs e até de postar aqui no meu cantinho.
Agora é hora de compensar o tempo perdido.
Começo por dizer que no domingo efectuei o meu 9º mergulho.
Mergulho efectuado no Barril a uma profundidade de 28 metros, com um tempo de duração 18 minutos e uma visibilidade muito reduzida. O dia prometia, devido não só ao facto de ser um mergulho superior aos 20 metros (o patamar para o qual estou habilitado) mas também porque iríamos ver os corais que existem na zona.
A descida foi efectuada sem problemas e chegados lá a baixo efectuei pela primeira vez o enchimento do colete para ficar a flutuar sem ter de tocar no fundo, situação que me deixou contente.
A observação começou com o visionamento de lagosta e de Anthias Anthias, peixe que tem uma cor espectacular, e que com as várias incidências de luz mostra também várias tonalidades.
(aqui devia estar uma foto do Anthias Anthias mas não consegui colocar devido a problemas no servidor, talvez mais tarde)
Uma rotação de cabeça mostrou um cardume de carapaus que nadava por cima de nós, sem se afastar muito. Um bonito espectáculo devido à quantidade de peixe e também ao facto de se olhar para cima e ver os peixes no contraste da luz que vinha da superfície. Mais uma rotação de cabeça, umas figuras circulares no chão prendem a minha curiosidade. Fui ver o que era e quando me viro ... ninguém … não vejo mesmo ninguém.
De repente estava sozinho no meio daquela massa de água, com uma visibilidade de no máximo 1 metro. Procuro o pessoal e nada. Procuro mais um pouco e nada na mesma. Começo a ficar um tanto ou quanto aflito, o coração bate mais forte e a respiração deixa de ser calma e descontraída.
Tentei manter a calma e pensar. Consegui. O que fazer? Procurar mais um pouco e se não tiver sucesso ir para a superfície. Procurei e nada, só tinha mesmo uma solução, a ida para a superfície. Olhei para o relógio, 27 metros, 15 minutos. Olhei para o manómetro de pressão 80 bar. Com a calma possível do momento iniciei a minha subida, sozinho, pela primeira vez. Fui subindo a observar a profundidade a reduzir, a pensar na respiração e na paragem aos 3 metros que devia ser feita. Não a fiz, mas também não subi assim tão depressa como inicialmente poderia acontecer se estivesse mesmo em pânico. Subi.
O mergulho valeu por tudo, pelo local, pela observação feita até ao momento e pela experiência. Mergulhos vão haver muitos, de certeza outros no mesmo local, e a experiência de ter ficado sozinho foi uma grande aprendizagem. O curso de mergulho deu os seus frutos. Obrigado João.
Mas o domingo é um dia grande e de tarde ainda fui ao circo com a família. A minha mais que tudo adorou e aguentou até ao fim, sempre a saltar na cadeira e a bater palmas. Toda ela irradiava felicidade. Pensava que não ia aproveitar por só ter 18 meses mas enganei-me. De certeza que mais tarde irá perceber outras coisas de outra maneira, mas neste domingo ele gostou do que viu.
E foi assim o meu domingo. Agora estou de férias e quero aproveitar para estar com a família.
Fica aqui a promessa de que quando a minha menina estiver a dormir vou vir aqui para vos visitar e postar sobre as minhas aventuras em férias ou simplesmente para deixar uma anedota para vos alegrar o dia.
Boa semana para todos.
2 comentários:
Bom, no próximo mergulho, se passares por um goráz de pinta preta dá-lhe o meu mail porque tenho umas contas a ajustar com ele!!! eheheh! Deve ser uma experiência bem interessante! Mas cuidadinho com as subidas á superficie. Nada de pressas!
Saudações infernais!!!
quero mesmo é conhecer a tua mais que tudo ;) Beijinhos marinheiro!
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