segunda-feira, maio 17, 2010

Jesualdo mostrou que afinal tem ... nervo

«O público, inclusive o benfiquista e sportinguista, tem todo o interesse em saber o que se passa com Jesualdo ou, visto de outra forma, o que sucederá no futuro a curto prazo com a equipa de futebol do FC Porto, independentemente de estarmos a falar do técnico ou dos futebolistas. E se as pessoas querem saber, aos jornalistas cabe investigar o tema e, de forma directa, questionar os envolvidos, para da maneira mais fidedigna levar a informação a quem a deseja. Há aqui algum erro? Isto não funcionou sempre assim?»

(Luis Avelãs in Record)

Numa crónica intitulada "Os nervos de Jesualdo" Luis Avelãs disserta sobre a saída de Jesualdo Ferreira da conferência de imprensa no final da taça de Portugal.

É verdade que os jornalistas têm o dever de questionar sobre os temas, mas também é igualmente verdade que os intervenientes têm o direito de se negar a responder sobre os mesmos.

Jesualdo Ferreira disse que o seu futuro apenas a ele e à sua entidade patronal dizem respeito. O jornalista pergunta se o tema não diz também respeito aos sócios e aos acionistas do clube. É verdade que sim, mas de certeza que não é por saberem pela comunicação social que vão ficar mais informados. A informação realmente fidedigna é aquela que sai do clube para esses sócios e acionistas e não será de certeza a comunicação social a divulgar essa informação em primeira mão. Se assim fosse alguma coisa estava errada.

Não é essa CS que divulga nomes atrás de nomes de técnicos já com contrato com o FC Porto quando o clube ainda tem um treinador a desempenhar funções. Será isso o dever dos jornalistas? Eu respondo por eles. Não é de certeza.

Durante semanas consecutivas a CS fez sempre a mesma pergunta. O técnico, sempre de forma cordial, negou-se sempre a responder sobre esse tema. Não apenas este ano, em que não teve sucesso no campeonato, mas igualmente no ano passado, quando conseguiu levar o clube ao tetra campeonato e conseguiu o seu tri campeonato, a pergunta era sempre a mesma e a mesma era a resposta.

Um homem não é de ferro e tantas gotas caiem no copo que alguma delas acaba por o fazer transbordar. E sim, mesmo os homens com formação académica têm direito a perder a paciência. Foi essa formação académica, que o jornalista usa para criticar o técnico portista, que lhe permitiu mesmo num momento de impaciência dar uma resposta politicamente correcta. Fosse um outro qualquer individuo e tinha dito "que me chupen".

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