«O primeiro-ministro José Sócrates anunciou esta tarde, depois da reunião do Conselho de Ministros, "um esforço adicional a todos os portugueses" que se traduz em aumentos de um ponto percentual de todos os escalões do IVA até ao final de 2011. A taxa máxima passa para 21 por cento e a reduzida, que incide sobre bens de primeira necessidade (alimentos e medicamentos comparticipados) fica em seis por cento, enquanto o IVA sobre a restauração sobe para 13 por cento.»
(in Correio da Manhã)
Não se pode dizer que o governo não foi esperto. Aproveitou o estado de graça que se vai vivendo neste cantigo, com meio país a festejar a vitória do clube do regime enquanto a outra metade não vê as noticias para não ter de ver os festejos, metade do país a ver o Papa na televisão ou "in loco" enquanto a outra metade nem liga a televisão para não ver os festejos católicos, e lança a bomba que vai passando despercebida até ser demasiado tarde.
O anúncio é feito bem no dia em que os funcionários públicos, na sua maioria, nem estão a trabalhar, aproveitando a tolerância dada precisamente pelo governo.
Do outro lado, Cavaco silva, passeando ao lado do Papa, lança a mensagem de confiança: «O povo português precisa, em primeiro lugar, de confiança em si próprio, nas suas próprias capacidades, nas suas capacidades para vencer os obstáculos.»
Se isto não é uma sincronização perfeita entre os dois chefes de estado não sei o que será.
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