quinta-feira, abril 15, 2010

FC Porto - Rio Ave, 4-0

Com muita classe e golos de belo efeito o FC Porto atinge a sua 7ª final da Taça no século XXI.

O FC Porto apresentou-se no Dragão com algumas alterações no seu onze, fruto da vantagem que trazia do jogo da primeira mão, mas mesmo asim não deixou de colocar o pé no acelerador e de fazer tudo para ganhar o jogo.

David Addy foi a principal surpresa no onze apresentado por Jesualdo Ferreira e o jogador mostrou que apesar de jovem é um activo para a equipa. Addy esteve melhor a atacar do que a defender mas no geral cumpriu a sua obrigação, tendo em conta a falta de rotinas e de ritmo de jogo.
Valeri também mostrou trabalho e integração, conseguiu algumas vezes transportar jogo, ganha a grande penalidade e assiste Falcao no golo. O médio mostra que pode ser opção.

Depois duma fase inicial de algum equilibrio o excelente golo de Belluschi veio desiquilibrar os pratos da balança. Se já era dificil recuperar de uma desvantagem de 2 golos, com 3 de diferença as coisas ficaram muito mais difíceis.
Depois Guarin, na primeira vez que toca na bola, desfere um remate indefensável. Este golo foi um hino ao futebol.
Rúben Micael e Falcao fecham as contas, também com bons golos. O de Rúben num potente remate ao ângulo e o de Falcao num excelente movimento de desmarcação e cabeçada perfeita.

Na final, no estádio Nacional, espera-nos o Chaves.

«É uma final inédita que nós queremos ganhar, contra uma equipa que representa uma zona do país que vai ter pelo menos um dia em que vai ser muito falada. (...) Hoje foi uma vitória construída com a clareza do nosso jogo. Na primeira parte, com dois avançados ao centro, julgo que faltou algum jogo exterior. Entrámos bem na segunda parte, fizemos quatro bons golos, podíamos ter feito mais um ou outro. O Rio Ave foi uma equipa positiva, tentou incomodar, mas defendemos bem. A vitória por números expressivos mostra o que foi o jogo e premeia os meus jogadores que tiveram momentos muito bons, sobretudo na segunda parte. O F.C. Porto tem vindo a jogar bem, a fazer golos e vai continuar a jogar assim até ao fim, é essa a intenção dos nossos jogadores. Estamos a crescer. No campeonato, infelizmente, não dependemos de nós para chegar onde queremos, mas vamos lutar para vencer os jogos que faltam.»

(Jesualdo Ferreira in MaisFutebol)

Obviamente que a perguntinha da ordem não podia faltar. Logo no flash o assunto da continuidade foi abordado. Não percebo estes jornalistas. Devem todos pensar que vão ser eles os felizes contemplados com a notícia, em primeira mão, da continuidade ou não do treinador do FC Porto.

Outra coisa que não podia faltar é o desmérito que a comunicação social dá, este ano, à Taça de Portugal. Em ano que o benfica pode conseguir ganhar, ao fim de 4 anos, o titulo, a taça não tem importância, até porque é o FC Porto e o Desportivo de Chaves que a vão disputar. Fosse um dos anos normais do futebol português, com o FC Porto a ganhar o campeonato, e a taça teria de certeza outra importância, excepto se fosse o FC Porto a conquistá-la.
Por isto, e por outras coisas, vê-se que este ano é "ano não normal" no futebol português.

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