Jesualdo Ferreira fez a habitual antevisão ao jogo de domingo frente ao Sp. Braga, aquele que será o último jogo desta edição da Liga Sagres.
Em caso de vitória o FC Porto entra na história interna como a segunda melhor série de resultados desde 2000.
Jesualdo falou do jogo, das possíveis contratações, sobre o confronto com Jesus, da sua renovação, dos momentos importantes desta época, dos jogadores, do momento decisivo da época, sobre o fim da época e do sabor de ganhar.
O jogo
"Vamos ter o estádio lotado e temos interesse absoluto em ganhar o jogo, para depois festejarmos no coração da cidade com os adeptos. Queremos ser uma equipa eficaz, que consiga entrar dentro do público e trazê-lo para o relvado. Os jogadores estão muito motivados, estão desejosos de acabar a época, sim, mas a ganhar.
O que eu vou fazer no próximo jogo não tem nada a ver com a final da Taça, tem a ver com o jogo com o Sp. Braga. A Taça é uma semana depois, por isso o jogo com o Sp. Braga não se projecta na final da Taça. Pontualmente aqui e ali pode haver jogadores diferentes, mas basicamente vai jogar a equipa que eu considerar melhor para este jogo."
As possíveis contratações
"Sabem que não vou falar dos jogadores das outras equipas. Nunca falo e nunca falarei. Enquanto não forem jogadores do Porto não falo."
Confronto com Jesus
"Um confronto experimental para a próxima época? Só se for da parte do Jesus, da minha não. Não tenho esse sentimento nem sequer tinha pensado nisso. Só se for da parte dele, na minha não. Têm de perguntar isso ao Jesus."
A renovação e o "aperto de mão"
"Se fossemos contar os apertos de mão que eu lhe dou por semana, imaginem a quantidade de contratos que já tinha com o Porto. Se é pela questão do aperto de mão, seria treinador vitalício do F.C. Porto. Muitas vezes o presidente fala naquele tom que as pessoas acham de ironia negativa e eu acho que é de boa disposição.
Ainda não acabou a Liga e ainda não acabou a Taça. As questões do futuro são importantes, sim, qualquer pessoa se preocupa com o futuro, mas não podem ocupar nem tempo nem espaço do presente."
O momento decisivo da época
"Houve dois momentos decisivos para a vitória do F.C. Porto: um em Alvalade e outro em Braga.
Em Alvalade porque conseguimos conquistar o primeiro lugar depois de uma entrada na Liga não muito boa e depois de uma derrota pesada com o Arsenal. Essa vitória em Alvalade teve um acréscimo grande de confiança, houve jogadores que começaram a revelar-se nesse jogo e a fazer a equipa mais potente do que na época passada.
O jogo de Braga porque foi para nós determinante. Conquistámos a liderança à 15ª jornada, no fecho da primeira volta, e antes de um ciclo muito difícil. Ganhando em Braga garantimos em termos internos, da equipa e do clube, a estabilidade fundamental para solidificar processos."
O melhor jogador
"Foi acima de tudo a equipa, que foi capaz de se alargar, foi capaz de conquistar mais jogadores para o núcleo forte, foi capaz de diminuir as distâncias qualitativas. Foi a capacidade de ter mais jogadores capazes de jogar no F.C. Porto.
O jogador mais sólido, o que foi capaz de resistir a tudo, chama-se Bruno Alves. Estou a falar de solidez, de robustez competitiva. Foi capaz de resistir aos 52 jogos que a equipa fez."
O fim de uma época
"Tenho pena que a época acabe. Tenho porque acho que se fizermos um levantamento desde o dia 1 de Novembro, quando perdemos na Naval, até ao momento, percebemos que os jogos que o F.C. Porto fez um ciclo vitorioso, numa densidade de partidas permanente. Foi um ciclo bom e quando acaba fica sempre alguma coisa que nos diz que gostaríamos de continuar.
É um sentimento inverso a quando as coisas correm mal e só queremos que acabem depressa. Por isso temos pena que acabe, mas tem de acabar mesmo.
Começámos a treinar no dia 7 de Julho... Passaram muitos meses, houve apenas seis dias de férias na época do Natal porque as pessoas entenderam que a paragem era má para o futebol e eu continuo a achar que é uma paragem necessária. Portanto dentro deste quadro acho que o que fizemos no segundo bloco da época, a partir de Janeiro, foi um ciclo muito bom."
Titulo com mais sabor
"Os três. Sabem porquê?
No primeiro ganhei o campeonato porque estava tudo feito. No segundo porque tínhamos vinte pontos de avanço. No terceiro estava morto, porque a equipa não era capaz jogar, depois ganhámos e então parece que descobriram um novo treinador.
Deu-me um gozo enorme ganhar a Liga nas condições em que o fizemos. A capacidade e a competência para ganhar um campeonato que começou mal, um campeonato de muita polémica, no qual o F.C. Porto foi o alvo preferencial das críticas e das acusações da derrota antecipada.
A Champions foi um certificado de qualidade desta equipa."
1 comentário:
Quem fala assim, não é gago!
Um abraço
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