Na conferência do final do encontro Jesualdo Ferreira manteve o habitual discurso, pautado pela coerência, não esquecendo ninguém nesta altura de festa.
"Tive o gosto de cumprimentar os jogadores um-a-um no relvado, que é local em que devem ser felicitados os campeões. Tínhamos uma grande vontade de ganhar o campeonato aqui, com os adeptos. Foi por isso que revelámos alguma ansiedade pelo apito final. Não fizemos um grande jogo mas o mais importante hoje era ganhar. Tivemos sempre uma atitude de enorme garra e dedicação, mas os nossos objectivos não terminam aqui. Ainda temos dois jogos para ganhar no campeonato e uma taça para conquistar."
"Quero deixar um obrigado muito grande ao público que esteve presente no Dragão. São estes os adeptos que gostam do F.C. Porto e todos nós, enquanto equipa, sabemos que quando jogamos no Dragão a exigência é grande, mas o apoio é igualmente grande. Era nosso objectivo festejar com eles hoje e conseguimo-lo."
"O F.C. Porto foi melhor na maneira como conseguiu sair de uma situação de transformação da equipa, soube preparar-se para ganhar e que, depois de encontrar o seu ritmo, conseguiu uma série de jogos muito bons. Há algum tempo, ninguém acreditava nesta equipa, mas eu sempre acreditei nestes jogadores. Eles é que foram os grandes campeões. Nunca nos desunimos, nunca ninguém conseguiu desunir-nos e foi exactamente por isso que conseguimos chegar à frente dos outros."
"Quero deixar uma palavra de agradecimento à administração, que sempre me apoiou, à equipa técnica, que possuiu aquilo que define o espírito do F.C. Porto, à equipa médica, que é das melhores com quem trabalhei ao longo da carreira e ao Antero Henrique, que é um dirigente de grande gabarito e que ocupa uma posição de grande importância na estrutura ganhadora do F.C. Porto. Mas quero deixar uma palavra especial de agradecimento ao presidente, que me permitiu ter sucesso e estar a partilhá-lo com todos. Agora posso dizer que sou o único treinador português tricampeão."
No final, quando mais uma vez Jesualdo era bombardeado com o assunto renovação, os jogadores invadiram a conferência, para se juntarem ao seu timoneiro e assim festejarem com ele o titulo.
Foi uma bonita demonstração de carinho que os jogadores tiveram para o seu treinador, mostrando a relação que existe entre todos é mais do que simples treinador/jogador, é aquilo que se costuma apelidar de "espirito portista".
Sem comentários:
Enviar um comentário