Jesualdo Ferreira fez a habitual antevisão ao jogo do FC Porto frente ao Setúbal, que se disputa amanhã.
Como não podia deixar de ser abordou os temas jogo, lesões, a derrota para a taça, a sua maneira de ver o jogo, as possiveis saídas e entradas de jogadores, a sua continuidade como técnico do FC Porto e o dia 25 de Abril.
Sobre o jogo
"Não há adversários ideais, há adversários que têm as suas capacidades e há um F.C. Porto que quer ganhar este jogo. O V. Setúbal é uma marca que temos de considerar e ter respeito por tudo o que fez no futebol português. A zona de Setúbal é uma boa zona de formação onde já apareceram jovens de grande qualidade. Sabemos que o Vitória passa por dificuldades, mas acima de tudo respeitamos o Vitória."
"A nossa obrigação é fazer um jogo sério de acordo com o nosso objectivo que é ganhá-lo. Este jogo é tão importante como os que já passaram e como os que estão pela frente. Pode parecer que não conseguimos mudar o discurso, mas não faz sentido mudar quando as ideias são as mesmas."
Sobre as lesões
"Ficamos tristes quando os jogadores têm lesões ou são lesionados, mas a nossa missão, enquanto treinador, enquanto equipa e enquanto clube é dar condições aos jogadores para recuperarem rapidamente e dar a entender à equipa que vai ter de resolver as questões nos jogos."
Sobre o jogo para a taça
"Passámos a eliminatória, que era um dos objectivos, mas perdemos. E não gostámos. O jogo não foi o que queríamos. Mesmo que tivéssemos empatado ou ganho não teria gostado daquele jogo. Utilizámos uma série de jogadores que têm jogado menos, mas entrámos fortes e fizemos um golo. A partir desse momento saímos um pouco da partida, mas controlámos bem até à lesão do Hulk. Uma equipa que sofre com estes acidentes percebe o que isto significa. Às vezes eles motivam, mas neste caso não aconteceu isso."
A maneira como vê o jogo
"Ao longo destes anos todos tive sempre uma ideia clara: proteger e promover o jogo. Essa perspectiva baseia-se num conjunto de princípios diários. É importante que a equipa seja séria, respeite os árbitros, o público e a profissão. Não gosto que os meus jogadores se atirem para o chão e discutam com os árbitros. Mas às vezes isso acontece. Assim, entendo que há que criar condições para que o jogo seja mais atractivo e tenha mais público."
As possíveis saídas e entradas de jogadores
"Fico preocupado. Gostaria que não me levassem a equipa toda até final da época. Ainda temos um campeonato e uma final da taça para jogar."
"A função do clube é estar imune à pressão exterior e trabalhar para vencer. A imprensa, por seu lado, tem o objectivo de entrar dentro do clube, descobrir e fazer notícias para vender. Há vidas diferentes dentro do futebol e todos temos de perceber isso."
"Confirmaram que o Orlando vem para o F.C. Porto? Quem, o Jorge Jesus? No meu tempo eram os presidentes que faziam isso. Há canais oficiais próprios para tudo. Quando há um jogador contratado, temos pessoas com funções para divulgar essa informação. Essas não são as minhas funções, não sou eu que faço os contratos."
A possível continuidade como técnico e o 25 de Abril
"Antes de mais, a primeira premissa é estar vivo em 2010. Se gostaria? Sim, gostaria. Mas não me esqueço que um profissional é avaliado pelo seu trabalho e não é fácil fazer avaliações."
"Celebro este dia. Quando aconteceu a revolução eu era um jovem que lutava muito pelo que queria. No fundo, com a democracia, os mais capazes foram os que evoluíram. Quem ganhava mais antes do 25 de Abril? Benfica e Sporting. Quem passou a vencer depois? O F.C. Porto."
Jesualdo continua a manter a coerência do seu discurso, a manter as ideias bem claras e a não entrar naquelas discusões do "ele disse isto e eu digo aquilo" como ouvimos o chorão a fazer. Tudo tem a sua altura para ser falado e não há necessidade de repetir insestentemente o mesmo assunto.
Força FC Porto.
1 comentário:
De acordo com a tua análise À antevisão do Jesualdo. Tenho pena é que ele às vezes ainda se deixe tolher pelo medo. Aquela de não assumir o favoritismo fente ao Paços, na final da Taça, não lembra a ninguém.
Um abraço
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