Até que enfim ...

Na terça-feira passada, no jogo entre o ManUnited e o FC Porto podemos ver o Cristiano Ronaldo, aquele que joga na selecção nacional, em campo.
Ele não jogou, não passou, amuava quando o árbitro não marcava as faltas contra ele, quando os colegas não lhe passavam as bolas e, por último mas não menos importante, levantava os braços para o ar quando falhava os golos.

Para mim não podia desejar melhor. Afinal não pode ser apenas na selecção que ele joga desta maneira.

Alex Fergunson que sempre teve um discurso pautado pela defesa do jogador, veio a público "criticar" o Cristiano.

"Ele sempre teve o sentimento que os árbitros não o protegem suficientemente, o que até é por vezes verdade. Mas não sempre."
"É difícil para um jogador que ama verdadeiramente o jogo aceitar que as coisas nem sempre saem a seu favor. Mas as situações não podem ser sempre como queremos e a nosso favor."
"Não aceito que sob o pretexto de ser um grande jogador, possa perder bolas. E já lhe disse isso. Não aceito esse tipo de pretexto de ninguém."

Sei que estas criticas são para "espicaçar" o jogador e provocar nele um sentimento de querer fazer melhor, de querer mostrar que afinal ele é mesmo o melhor do mundo.

Afinal Alex Fergunson já está no futebol há muitos anos e sabe quando deve abanar a árvore para que dela caiam uns frutos, não os verdes, mas aqueles maduros que lhe possam adoçar a boca.
Aquilo que talvez ele não saiba, ou melhor, tenta não ver, é que o jogador que esteve na terça-feira em campo foi o mesmo jogador que tem estado sempre em campo nos jogos da selecção.

Mas, Sir Alex Fergunson, nós também já aqui andamos há muito tempo e de certeza que ninguém vai menosprezar o jogador por ele ter feito uma má exibição, ou melhor, uma exibição ao nível daquilo que habituou os portugueses, tal como não esperamos que menospreze o Bruno Alves pelo atraso para o Helton.
E este sim é um jogador que raramente comete erros e que sempre habituou os portugueses em geral e os portistas em particular a grandes exibições.

Não esperamos facilidades na quarta-feira, mas não tentem, outra vez, menosprezar aquilo que somos capazes de fazer.