Jesualdo Ferreira falou hoje sobre o actual momento do FC Porto, que passa pelo dia a seguir à eliminação da Liga dos Campeões, o seu castigo e a ausência do banco, a lesão do Lucho e o do jogo com a Académica.
Sobre a Liga dos Campeões
"Tínhamos quatro objectivos esta época, e corremos atrás deles com grande dignidade e qualidade. A análise que fazemos é simples: o F.C. Porto conseguiu chegar ao nível do campeão europeu, perdeu o jogo no Dragão porque não foi capaz de ser superior ao Manchester, mas foi sempre capaz de discutir o jogo e o resultado."
"Sentimos orgulho no que fizemos e na forma como os jogadores cresceram. O nosso percurso podia terminar nos quartos, nas meias, ou na final, mas não há vitórias morais no Porto. O que fizemos orgulha muito a equipa técnica e jogadores, mas perdemos. Isso, porém, não cobre a tristeza que sentimos por não termos chegado mais longe. A Liga dos Campeões já não é objectivo. O assunto terminou para nós."
Sobre o castigo e os efeitos na equipa
"A equipa, em conjunto, foi capaz de fazer o que fez, e fez bem. No campo, é a equipa e são os jogadores que traçam o jogo, em função do trabalho de semanas, e semanas, e semanas. A equipa respondeu ao nível do que os quartos-de-final da Liga dos Campeões exige, mas não foi tão feliz como em Manchester."
"O meu castigo resultou de um gesto de desagrado, que assumo com toda a dignidade que tenho de ter, não com o árbitro, mas com um golo que podia ter empatado a partida e não aconteceu. Recebemos a notificação do castigo na véspera do jogo de Manchester, recorremos e a decisão foi adiada. Depois disso preparamo-nos para a possibilidade de eu não estar no banco. Aceitamos a decisão da UEFA, embora não concordemos, porque há outros exemplos que se conhecem que não tiveram o mesmo tipo de registo disciplinar. Mas não foi por eu não estar no banco que não fomos capazes de ganhar. Não fomos capazes de ganhar porque não fomos felizes frente à melhor equipa do Mundo."
Sobre a lesão de Lucho e como isso afecta a equipa
"Está a falar-se do Lucho porque durante três anos cumpriu quase todos os jogos. Se fosse o Bruno Alves, o Raul Meireles ou o Lisandro seria a mesma coisa. Mas estamos a individualizar uma coisa e eu não quero que isso aconteça. A equipa colectivamente vai resolver a questão levantada pela ausência do Lucho."
"O Lucho, como qualquer um dos outros jogadores, tem um peso muito grande dentro da equipa. Mas o F.C. Porto já foi capaz de alguns momentos desta época, e em jogos da Liga dos Campeões, de ganhar sem ele. Não estou com isto a menosprezar Lucho, estou a dizer que não ganhamos com um jogador, ganhamos com uma equipa."
"O F.C. Porto sempre foi capaz e vai continuar a ser capaz de conseguir atingir os objectivos que conseguiu com Lucho."
Sobre o jogo com a Académica
"Está a aqui a dizer-me o meu assessor que estão confirmados quatro mil adeptos em Coimbra."
"Isto significa a força do F.C. Porto. Isto significa o orgulho dos adeptos no F.C. Porto e na sua equipa. Isto significa o crédito que temos e vamos jogar com eles: com a confiança nas nossas capacidades e com a confiança de quem acredita em nós. Não há nada nem ninguém que nos possa perturbar na corrida pelos objectivos finais."
"A equipa foi capaz de sair de alguma tristeza pela eliminação da Champions, está capaz, sólida, segura do seu valor e sente que tudo o que aconteceu não foi por incapacidade. O F.C. Porto vai para Coimbra com a determinação de ganhar o jogo, porque sente que é capaz disso."
"Nem o ano passado quando tínhamos 17 ou 18 pontos de vantagem deixamos de pensar que o jogo a seguir tinha de ser ganho. Não podemos ter a memória curta."
Jesualdo Ferreira mantém o discurso de que o colectivo é mais importante do que as suas individualidades e volta a dar importância ao apoio que os adeptos têm dado à equipa, esperando que no Domingo em Coimbra eles (adeptos) possam mais uma vez calar a claque adversária.
Força FC Porto.
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