«Centímetro a centímetro, este F.C. Porto vai acumulando dimensão dentro do jogo. Esta noite somou a oitava vitória consecutiva, a oitava vitória em oito jogos oficiais, aliás, mantém um registo impecável, portanto, recebe aplausos da bancada e solidifica uma competência colectiva que devolve aos sonhos um tom de azul.»(in MaisFutebol)
O jogo seria na teoria fácil para o FC Porto. A equipa, com uma enorme solidez, fez o resto e tornou o jogo na prática fácil.
Para que o desejo manifestado na conferência de imprensa não passa-se apenas disso mesmo era necessário arrancar este competição com uma vitória. Foi isso mesmo que aconteceu.
Apesar de, a espaços, a equipa embrulhar-se nos passes nas zonas mais recuadas e em determinadas alturas (fim da primeira parte) se ter esquecido que o adversário também podia levar perigo à sua baliza, o FC Porto mostrou-se sempre regular e consciente do seu objectivo. Marcar e ganhar.
Foi um bom inicio de Liga Europa. Está a ser um excelente inicio de época. É para manter.
«Era importante ganhar hoje, vamos ter jogos fora difíceis e queríamos os três pontos para ajudar a consolidar aquilo que temos feito. Era decisivo ganhar aqui. Temos um número importante de soluções que nos permite fazer alterações durante o jogo e que nos permite surpresas em termos de dinâmica colectiva. Causa surpresas, causa dificuldades, obriga o adversário a estar sempre a ler o que estamos a fazer. É importante e é de salutar ter sempre este número de opções. Agora vamos à Bulgária, é importante conquistar mais três pontos e, não digo tirar o CSKA da corrida, mas deixá-los numa posição menos confortável. Queremos ganhar todo os jogos e depois esperar pelas equipas que vêm da Champions».(André Villas Boas in MaisFutebol)
1 comentário:
Apetecia-me falar só dos últimos vinte minutos, curiosamente, depois da saída de Hulk, pois foi, de longe, o melhor período do F.C.Porto. Foi com a saída do "Incrível" - no Estádio não me apercebi, mas disseram-me que saiu mal disposto e sendo assim, aconselho-o a tomar Rennie ou Kompensan, que a azia passa logo. Estava complicativo, cansado, trapalhão e foi muito bem substituído! - e a entrada de Belluschi, que o F.C.Porto começou a jogar melhor, de uma forma mais consistente, mais organizada, com jogadas bonitas e o terceiro golo, belíssimo, foi uma espécie de cereja em cima do bolo. Não que durante o restante período do jogo, os austríacos tivessem causados muitos problemas, não, não causaram, apenas dois lances perigosos a acabar a primeira-parte e ficou por aí o Rapid, mas porque o conjunto de Villas-Boas, principalmente e de forma notória, na etapa inicial, embora dominasse, jogava devagar, muito pelo meio, complicava, queria resolver individualmente e o jogo arrastava-se, era pouco atractivo, sonolento, enfim, não entusiasmava os cerca de 30 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão. Melhor na segunda-parte, melhor ainda, como referi, nos últimos vinte minutos. Aí sim, o futebol praticado já teve qualidade, já entusiasmou, já esteve dentro dos níveis exigíveis à equipa portista e mudou o estado de espírito dos adeptos, pois as últimas impressões é que ficam.
Resumindo: compreendo que seja preciso poupar - o próximo jogo do campeonato, por muitas razões que falarei na altura própria, é dificílimo...; aceito que o facto do adversário nunca ter mostrado grandes argumentos, também ajude a uma atitude mais relaxada, mais confiante; mas, atenção, só se consegue motivar e levar público ao Dragão, juntando, já não digo sempre, às vitórias, bons jogos. Se as boas exibições forem apenas de forma esporádica, a motivação e mobilização fica mais difícil. Para que o estado de graça se mantenha, é preciso ter sempre presente o passado recente: também ganhamos, conquistamos títulos, mas o entusiasmo...
Fantástica a claque dos austríacos...
Um abraço
Enviar um comentário