André Villas Boas fez hoje a antevisão ao encontro de segunda-feira frente ao Nacional da Madeira.
Nada transcendente
«Temos oportunidade de ganhar pontos a, pelo menos, um adversário directo, mas convém lembrar que esta será apenas a quinta jornada. São oito vitórias consecutivas, mas são apenas quatro na Liga. Não há nada de transcendente nisso.»
Motivação e obrigação
«Pode ser uma boa oportunidade para aumentar a vantagem pontual em relação a um ou mais concorrentes, em caso de vitória na Madeira. Se isso pode funcionar como motivação extra? Acho que sim, acho que poderá ser, mas a obrigação desta equipa passa sempre por conquistar a vitória.»
Consolidar
«Os jogos fora com o Nacional e o Guimarães e, de permeio, com o Olhanense em casa, são importantes para nós, por se tratar de oportunidade para consolidarmos a liderança, até porque, nesta fase, registar-se-ão confrontos directos entre outros candidatos ao título.»
O melhor e o pior
«Parece-me muito cedo para tirar ilações definitivas sobre o Nacional, que tem alguns jogadores importantes lesionados. E, se o Nacional foi capaz do melhor e do pior em casa [venceu o Benfica e perdeu com o Guimarães], também apresentou um registo idêntico jogando fora, com uma vitória em Vila do Conde e uma derrota em Leira.»
Passar jornada na liderança
«O mais importante é sabermos que passamos esta jornada na liderança, queremos conquistar os três pontos, cimentando a liderança, e aproveitar os confrontos directos entre outros opositores nas próximas jornadas.»
Contra o bloqueio mental
«As deslocações à Madeira, pela regularidade com que se regista o tropeção, tornou-se um bloqueio mental. São sempre jogos complicados e é fundamental afastar esse bloqueio. A equipa está forte e vamos à Choupana para jogar na máxima força.»
Lado imprevisível
«Toda esta alternância que temos feito, mais a variabilidade de jogo que temos evidenciado, mais o que cada jogador é capaz de oferecer ao colectivo e esse factor surpresa permitem-nos encarar todo este leque de opções com extremo agrado, pelo que é possível que possa haver alterações no onze, embora o mais importante seja sublinhar esse lado imprevisível daquilo que o FC Porto pode fazer.»
Competitividade interna
«A estreia do Otamendi é tão importante como a estreia do Sereno ou a titularidade do Rolando e do Maicon. O Sereno e o Otamendi têm um desafio pela frente e o Rolando e o Maicon têm-se revelado uma dupla segura dentro de um colectivo forte. Trata-se de competitividade interna. Sinto que todos os jogadores têm sido competitivos e que todos ameaçam ser convocados. A alternância na convocatória revela isso mesmo.»
Velocidade de adaptação
«O Falcao é um jogador de grande prestígio e o Walter também. Creio que há adaptações mais bem sucedidas do que outras ao jogo europeu e ao futebol português. E o Walter teve um período de inactividade antes de chegar ao FC Porto. O facto de estar presente com regularidade nas convocatórias revela um jogador disponível para ameaçar a titularidade.»
Mensagem perigosa
«A mensagem de vitória e de sucesso é perigosa, porque permite o frenesim e um determinado tipo de elogios que podem levar a um tropeção. O frenesim do elogio máximo e do FC Porto bestial pode passar rapidamente ao outro extremo. Esta é a continuação de um percurso de 12 vitórias consecutivas iniciado na época passada. Não é nada de anormal para o FC Porto, que tem de manter-se numa dinâmica de vitórias.»
Nova ordem
«Temos um grande percurso pela frente. A mim e aos jogadores, entusiasma-nos uma nova ordem, uma nova organização. Sem criticar a anterior, que tantos êxitos conseguiu, creio que a nova organização estimula outro tipo de qualidades gerais nos jogadores, tanto tácticas como técnicas, além da liberdade que têm em jogo para decidir. Essa liberdade, que é condicionada, traz um novo estímulo aos jogadores, permitindo-lhes reencontrar novas soluções neles próprios, que eles mesmos desconheciam, o que conduz a um tipo de jogo imprevisível. Fundamental é impedir que esta onda de elogios conduza ao relaxamento.»
Cadeira de sonho
«Não aceitaria conduzir a selecção portuguesa em dois jogos, porque, como sabem, estou sentado na minha cadeira de sonho e não abdico dela por nada.»
(in site FC Porto)
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