quarta-feira, março 10, 2010

Arsenal - FC Porto, 5-0

OMG... por favor acordem-me quando este pesadelo terminar.

Pior do que perder é perder por muitos golos. Pior do que perder por muitos golos é perder por muitos golos e não jogar nada.

A noite de ontem foi um pesadelo. De FC Porto, equipa com garra, que joga de igual para igual com todas as equipas, que sua a camisola e come a relva, nada. Não se viu nada.

O Arsenal deu duas lições de futebol. A primeira foi de como jogar com bola, em ataque continuado, mesmo frente a uma equipa que estava a ser ultra defensiva. Resultado, marcou dois golos.
A segunda foi de como dar a iniciativa ao adversário e em contra-ataque rápido, as transições rápidas que o FC Porto tanto gosta de fazer, marcar golos. Resultado, marcou dois golos.

Ontem pensava no jogo como um jogo de poker. No poker existem dois tipos de bluff, o de quando não temos jogo e queremos que o adversário desista por medo, e o de quando temos jogos e queremos que o adversário pense que não e aposte para depois lhe ficarmos com todas as fichas.
O FC Porto fez bluff com o discurso e o pior que existe.
Anunciou que não ia jogar à defesa, frisou que essa aposta era de certeza a "morte do artista", anunciou que tinha de atacar para marcar sob pena de não passar a eliminatória, fez bluff porque foi para o campo com o pensamento contrário.
O Arsenal não se intimidou e "foi a jogo". Resultado, perdemos a mão e pior, perdemos todas as fichas.

Não há um culpado desta miserável exibição. Todos são culpados e urge fazer alguma coisa para que a equipa volte aquilo que foi. Não falo de despedimentos que isso nunca foi a nossa politica. Falo sim de um discurso frontal da parte da administração à equipa a exigir que os resultados voltem a aparecer.
É impensável que se acabe a época com apenas um titulo (a supertaça). É importante reabilitar a equipa para aquilo que ainda falta disputar.

«Entrámos no jogo de forma equilibrada mas sofremos um golo cedo, num erro nosso, mas foi um golo precedido de irregularidade, como vocês certamente podem comprovar. Sabíamos que tínhamos de marcar aqui mas ainda era mais importante não deixar o Arsenal chegar cedo à nossa baliza. O resultado não traduz o que se passou em campo. O Arsenal esteve longe de justificar a diferença de cinco golos. Basta ver o número de remates, de cantos, de posse de bola.»
«Na segunda parte, estivemos melhor e ficámos perto do 2-1, mas os momentos do jogo foram todos do Arsenal. Foi ridículo, por exemplo, marcar uma grande penalidade ao minuto 93. Foi excesso de rigor do árbitro.»

(Jesualdo Ferreira in MaisFutebol)

Entrar com três centrais em campo não foi uma boa aposte, mesmo que Jesualdo tenha dito que não tinha mais ninguém disponível para aquela posição. Por mais de uma vez se jogou com o Guarin naquele lugar, quer goste-se ou não do jogador naquela posição.
Na minha maneira de ver foi mostrar demasiado respeito pelo adversário, demasiado medo. Sempre o meu pai me disse "quanto maior é o homem maior é a queda" numa alusão a não ter medo de adversário nenhum.

«Nuno André Coelho, o «trunfo» jogado por Jesualdo Ferreira no onze inicial tem os seus dados estatísticos a zero: zero faltas cometidas, zero faltas sofridas, zero remates...»
(in MaisFutebol)

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