FC Porto - Setúbal, 2-0

Nova entrada em jogo do FC Porto tetra-campeão. Pressão muito alta, muita vontade de resolver cedo o jogo e foi isso que aconteceu. Aliás, depois de Benfica e Braga terem marcado passo nesta jornada, outra coisa não se esperava do campeão nacional.

Nos primeiros 25 minutos de jogo duas bolas no ferro da baliza e dois golos. Tudo está bem quando começa bem.

A partir daqui e com duas bolas de vantagem foi um FC Porto gestor que esteve em campo. Posse de bola, passes pela certa, ataques quando devia e muita tranquilidade.

Não me recordo de ter havido um remate por parte do Setúbal à baliza de Helton nos primeiros 45 minutos de jogo.

Na segunda parte foi apenas mais do mesmo. Um FC Porto em gestão, do resultado e do esforço, com um controlo de bola muito efectivo e um Setúbal muito pouco ofensivo, que nunca conseguiu incomodar Helton nunca criando uma situação de golo.

Não consigo compreender como é que Djikité conseguiu acabar o jogo sem ver o cartão amarelo, depois de bater de forma indiscriminada em tudo aquilo que mexia junto dele. Ele foi mão na cara, por duas vezes e numa delas até provocou sangue, ele foi grandes penalidades, também por duas vezes e nenhuma delas foi marcada. Nada disto fez falta perante a classe que o FC Porto demonstrou, mas fica o registo de que elas aconteceram e que nada foi feito.

A fechar não podia deixar de referir a recordação feita pelo Jesualdo Ferreira a um grande jogador do FC Porto que faleceu em campo, precisamente num jogo frente ao Setúbal num dia 13 de Dezembro. Também aqui o professor mostra que está um passo à frente. Bonita homenagem a Pavão.

«O F.C. Porto vem de uma série de jogos difíceis, com intensidades altas. Depois do jogo de Madrid e Guimarães era importante ganhar o jogo e recuperar jogadores, assim como criar rotinas. No posicionamento que o jogo tem, ganhar era fundamental. Nos primeiros 30 minutos, o Porto resolveu o jogo e depois a partida foi menos brilhante, porque a fadiga pesa. Fomos inteligentes, tivemos ocasiões para fazer o 3-0, mas acima de tudo era preciso vencer. Ganhámos no momento certo, quando o Vitória estava coeso e depois tivemos de fazer gestão. O Fucile tinha dores na coxa e fizemo-lo sair, o Sapunaru também. O importante era continuar a correr e a jogar, tentando ser sérios. Agora, o ritmo da partida baixou.»
«Queria fazer uma recordação. Faz hoje 36 anos que morreu o Pavão, com o V. Setúbal, em jogo de campeonato. Foi meu amigo, meu colega, jogámos juntos em Chaves. Este era um dia para os adeptos do Porto se lembrarem daquele que podia ter sido um dos melhores jogadores de sempre do futebol português. A 13 de Dezembro, 13ª jornada, com o V. Setúbal. Não me podia esquecer de um amigo, que foi meu colega de liceu, e que foi uma figura do F.C. Porto.»

(Jesualdo Ferreira in MaisFutebol)

O FC Porto chega ao último jogo deste ano, frente ao Benfica, a apenas 1 ponto dos dois lideres do campeonato. Para aqueles que diziam que este era o FC Porto dos últimos anos está na altura de começar a engolir uns sapos. Temos de ser realistas e dizer que houve alturas em que não jogámos bem mas é sempre no fim que se fazem as contas e neste momento elas estão positivas.

Parafraseando o Dragão Vila Pouca do blogue Dragão até à morte: O pior FC Porto dos últimos anos está em cima do melhor benfica dos últimos 20 anos.