quinta-feira, agosto 13, 2009

Liechtenstein - Portugal, 0-3

Os mais optimistas vão dizer que Portugal voltou finalmente aos golos e que está preparadissimo para os próximos encontros, os mais péssimistas vão dizer que com o facilitismo que o jogo teve 3 golos foi conta pequena e que Portugal não está nada preparado para os próximos encontros.

A verdade está, como de costume, no meio destas duas opiniões. Portugal marcou, jogou bem na primeira meia hora de jogo, mas depois voltou ao jogo mastigado que nos é hábito e 3 foi efectivamente conta pequena para tanta facilidade. Os próximos encontros não vão ser nem de perto nem de longe tão fáceis e se a equipa das quinas está ou não preparada só o futuro o dirá.

A jogar da forma como jogou nos primeiros 30 minutos é bem capaz de levar de vencida os dois jogos que se aproximam e assim dar mais um passo no apuramento, mas mesmo a dizer isto (ou melhor ... a escrever) acho que é preciso uma boa dose de optimismo. Do outro lado vai sempre haver uma equipa que vai fazer mais do que o Liechtenstein (e nem é preciso jogar muito).

Portugal jogou de forma diferente daquela que vinha fazendo, mudando do 4-3-3 para o 4-4-2, e esta mudança foi também decisiva para o modo como a equipa encarou o jogo. Quando no decorrer do jogo Queirós mudou outra vez para o 4-3-3 a quebra no rendimento da equipa foi evidente, e mesmo insistindo para que a equipa joga-se no Nani (que estava fresco) nunca mais se conseguiu criar uma situação de golo e até foi o Liechtenstein a criar as oportunidades mais perigosas.
O 4-4-2 deixa Deco mais solto, com menos preocupações defensivas e isso é importante na criação das jogadas de ataque. Simão também é beneficiado com esta táctica e isso foi visivel na prestação que o jogador teve no jogo.

É impossivel falar deste jogo sem referir o caso da gripe do Ronaldo. Todas as pessoas estão sujeitas a apanhar uma gripe e de ficarem indisponíveis para o trabalho, mas o curioso, ou talvez não, é que já não é a primeira vez que o jogador não participa nos jogos de preparação da selecção e sempre em jogos de grau de dificuldade mais fracos.
Um jogador que falha os jogos contra os adversários mais fracos não está a pensar no bem da selecção mas apenas no seu bem. Brilhar frente ao Liechtenstein não é o mesmo que brilhar frente a um Brasil/Espanha/Itália.
Se por um mero acaso o jogador não veio aos jogos por solicitação do clube (vamos inventar uma lesão e não vais) então devia bater o pé, mostrar que é o capitão da selecção e que deve, por isso, estar em todos os jogos.
Se não vem porque não quer (o adversário é fraco vou inventar uma lesão) então não devia ser capitão da nossa selecção.

Vamos ver o que acontece em Setembro.