segunda-feira, junho 29, 2009

Insubstituível

"Um ex-director meu com um sentido de humor duvidoso costumava dizer-me que de insubstituíveis está o cemitério cheio. Ora, o FC Porto é a prova viva e irrefutável de que, de facto, não há insubstituíveis. Desde 2003/04, quando venceu a Liga dos Campeões batendo o Mónaco em Gelsenkirchen, o FC Porto vendeu Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Deco, McCarthy, Pepe, Anderson, Quaresma e Bosingwa. Pelo meio, deixou de contar com Baía, Jorge Costa e Alenitchev, entre muitos outros. Apesar disso, foi sempre capaz de encontrar as soluções que lhe permitem ostentar o título de tetracampeão nacional. A perda de Lucho, um dos jogadores mais influentes da equipa ao longo dos últimos quatro anos, não será fácil de ultrapassar, mas ele não participou nos últimos oito jogos da última temporada e o FC Porto não deixou de ser campeão e de vencer a final da Taça por causa disso. Lamentável é que o último jogo de El Comandante com a camisola do FC Porto tenha ficado marcado pela sua lesão frente ao Manchester United. Ainda assim, mesmo pensando que era um "até já", nessa noite o Dragão despediu-se dele em pé, com uma ovação estrondosa. Afinal era um "adeus"."

(Jorge Maia in O Jogo)

Apesar de não concordar a 100% com aquilo que o Jorge Maia escreve, concordo que não há insubstituíveis. Mas é preciso não esquecer que o rendimento da equipa naqueles últimos 8 jogos não foi semelhante ao rendimento que vinha a ter até lá, que se Lucho não se tem lesionado no jogo frente ao ManUnited o resultado tinha sido outro (de certeza) e, mais grave do que isso tudo, neste momento, é que perdendo o Bruno Alves, não sei se existe algum jogador que tenha carisma para ser o capitão da equipa do FC Porto, porque envergar a braçadeira é fácil, ser um líder é que é coisa apenas para alguns.