quinta-feira, março 12, 2009

FC Porto - Atlético Madrid, 0-0

Foi de forma categórica que o FC Porto passou aos quartos de final da Liga dos Campeões, figurando agora na lista das 8 melhores da Europa da presente época.
Aliás, para que a cereja estivesse no topo do bolo, faltou apenas o golo. E para marcar até nem faltou muito.

Esperava-se um Atlético de Madrid mais ofensivo, mais a querer ganhar o jogo. Mas aquilo que se viu foi uma equipa que respeitou muito o FC Porto (nem se esperava outra coisa) e nunca conseguiu arranjar argumentos para levar de vencida a excelente estratégia montada por Jesualdo Ferreira e excepcionalmente executado pelos jogadores do FC Porto.
O FC Porto foi a equipa que, durante os 90 minutos, mais fez para marcar. A haver um vencedor, esse teria de ser sempre o FC Porto, não só por aquilo que fez no Dração, mas também por aquilo que fez no Vicente Calderón, na primeira volta.

Jesualdo Ferreira no final do encontro era um homem feliz, via-se isso no brilho do seu olhar, mas nunca perdeu a postura e manteve sempre o discurso coerente, como só um treinador do FC Porto sabe ter.

Jesualdo pediu o apoio do público. Não um apoio qualquer, ele pediu um apoio incondicional. E os adeptos que estiveram no Dragão fizeram-lhe a vontade. Apoiaram a equipa do primeiro ao último minuto, e ainda vairam os adversários (Paulo Assunção e Simão). No final Jesualdo não os esqueceu e lançou um abraço especial para os adeptos, agradecendo o seu contributo nesta "vitória".
Todos os adeptos presentes no estádio foram o 12º jogador. Para eles também os meus parabéns.

Ontem, no final do encontro, pude verificar, mais uma vez, que a cultura desportiva que impera no FC Porto é e sempre será diferente daquela que se pode ver noutros clubes. Quem por lá passa só tem duas opções; ou assimilia ou não.

Paulo Assunção, que saiu do FC Porto em litígio, e que deu depois entrevistas a dizer que era ameaçado no Porto, que nem podia sair à rua, quando lhe perguntaram sobre o jogo, respondeu que qualquer das duas equipas podia ter passado (não sei em que jogo ele esteve) e que não percebia os assobios porque sempre tinha sido um bom profissional (o bom profissional não sai em litigio com a entidade patronal). Este não percebe a cultura portista.
Maniche, quando questionado sobre o encontro, disse que o FC Porto tinha sido melhor no conjunto dos dois encontros (o que foi verdade), que desejava a melhor das sortes ao FC Porto e que ia agora torcer pelo FC Porto. Sobre a maneira como foi recebido, disse que não estava à espera de tanto, mas que sempre tinha sido uma casa que lhe tinha dado muito e que estava muito agradecido por isso.
Duas mentalidades, duas maneiras de ver a casa onde se esteve, um cuspiu na mão que lhe deu de comer o outro não.

Esta passagem aos quartos de final faz entrar nos cofres 3,5 milhões de euros e coloca a equipa nos 8 melhores da europa. São estes os números a reter a não aquilo que mais se ouviu ontem.
Em vez de enaltecerem o feito pelo seu lado mais positivo, ou seja, equipa portuguesa a passar, dinheiro a entrar nos cofres, prestigio para Portugal, batiam constantemente na tecla dos 5 anos que não acontecia, da terceira vez de Jesualdo, essas coisas.
Ainda hoje há capas de jornais que, em vez de terem os feitos azuis e brancos, têm ... outras coisas.

E pronto .... está na hora de seguir em frente.

O próximo jogo é já no Domingo frente à Naval. Força FC Porto.

2 comentários:

C Valente disse...

Parabens ao Porto
Saudações amigas

Meg disse...

Marco

E mais do mesmo...

Um abraço